Páginas

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre a felicidade mentirosa

         O que seria felicidade mentirosa? Seria fingir para os outros que se é feliz, fingir para si mesmo ou as duas coisas? E qual a razão disso? A felicidade mentirosa seria ter certos momentos de alegria, mas no fim não ser feliz de fato? Seria o mesmo que insistir em usar os remos quando o seu barco é a motor?
         Os dias passam um após o outro. Lentamente... Rapidamente. Olha-se ao redor e tudo o que se vê são os mesmos lugares, as mesmas coisas, as mesmas pessoas. Todos conhecidamente desconhecidos. Faces estranhamente tão vistas e ao mesmo tempo tão distantes. É como um sistema em que várias forças atuam, cada uma realizando um trabalho diferente de zero, no entanto o trabalho resultante é nulo. Ou seja, vivem-se os mesmos dias, com alguns momentos de alegria, embora o que se tenha no fim sejam um sorriso no rosto e uma felicidade mentirosa estampada na cara. Então a felicidade mentirosa seria ter certos momentos de alegria, mas no fim não ser feliz de fato? Eu não sei. E talvez alguém venha me dizer que essa seria uma resposta automática, embora eu apenas não tenha resposta para tal pergunta. Desconheço a mentira, assim como desconheço os rostos que vejo todas as manhãs.
         A tristeza parece ser bem pior quando já se tem provado o gosto da felicidade, talvez por algum dia já tiverem sido felizes as pessoas queiram ter o mesmo prazer novamente, por isso tentam mostrar algo que não existe, tentam enganar a si mesmas.  Posso tentar levantar milhares de hipóteses, mas só isso mesmo, não tenho como falar sobre o que não entendo, porém estou falando apenas para tentar entender. Mas isso é só um pensamento alto... Palavras, as suas.


Essas palavras vão entrar no coração, eu vou sofrer as consequências como um cão

2 comentários:

Causticidade Cotidiana disse...

Por conta de problemas com a empresa de telefonia, fiquei quase uma semana sem internet, e quando volto, leio um texto que traduz tudo aquilo que venho tentado dizer há algum tempo, mas infelizmente não consigo.
Acredito eu que ser feliz não é uma obrigação, mas sim uma necessidade. Nascemos nulos, nascemos zero. É o dia-a-dia, a convivência, os fatos, que vão nos deixar felizes ou não.
Acredito ainda que felicidade é um "status", apenas um momento, enquanto que a tristeza (ou solidão) é, de fato, uma marca da alma. Só que, em alguns, essa solidão não se manifesta, e então a pessoa permanece nula, indiferente, sempre. Por isso, creio que não há pessoas felizes ou tristes, mas sim pessoas felizes ou indiferentes.
Obrigado pela excelente leitura, que caiu como uma luva para mim, Marina! E, claro, parabéns pelas belas palavras!

Beijos!

Observateur... disse...

Talvez vc precise admitir algumas coisas que já sabe de cor... Talvez deva refletir e achar aquilo que o seu íntimo já sabe mas vc ainda reluta em aceitar, quanto mais admitir para os outros... rsrs... Ah... Talvez deva...

Postar um comentário