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domingo, 5 de setembro de 2010

Nós dois

            Somos tão jovens e tão inconsequentes. Na verdade, estamos cientes de todas as consequências, mas somos livres e todos esses jogos ilusórios são divertidos. Estamos interessados em diversão e o que fazemos é segredo nosso, embora tudo esteja se tornando tão aparente. Eu gosto de brincar e você também, então estamos bem. Não há paixão, nem mesmo envolvimento sentimental (além da amizade que sempre existiu), entretanto há vontade, desejo e atração, o suficiente para ser interessante.
            Vivemos e sentimos o agora, é o que importa. E o futuro? Daqui a alguns anos, o que vamos pensar sobre o que somos hoje? Não sei. Ando oscilando entre o que é bom e o que é real, gosto tanto de ser irracional (porque é raro, ou talvez eu esteja enganada), apenas quando eu posso e quando as consequências não são desastrosas. Talvez não seja irracional, já que penso no que posso e quando posso fazer, já que tudo é perfeitamente calculado, até mesmo o fato de eu te fazer acreditar que me tem nas mãos, que está no comando, quando na verdade, você está fazendo tudo o que eu quero que faça.
            Não, não terei vergonha de tudo isso, quero apenas me assegurar de que não haverá arrependimento. Não tenho medo do tropeço, se eu cair posso me levantar. Se você cair, te estenderei a mão. Ainda seremos amigos, não é mesmo? Nós sabemos separar as coisas. Imagino que daqui a alguns anos olharemos para trás e diremos: “Ah, éramos tão jovens, apenas coisas de adolescentes”. Espero que seja dessa forma, não quero estragar o que temos com nossos jogos ilusórios, por mera diversão. Não obstante, eu estou dizendo isso agora, porque estou sozinha em meu quarto pensando em muitas coisas. Da próxima vez que nos encontrarmos nada terá mudado e nós jogaremos o nosso jogo particular (doce e quente, combinação perfeita!) como sempre.
            E estas linhas não são sobre mim, não são sobre você, nem tampouco sobre nós dois. Estas linhas são sobre qualquer um, como eu, como você, como nós dois.


E nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás, apenas começamos. O mundo começa agora, apenas começamos.  ♫

7 comentários:

Causticidade Cotidiana disse...

Todo e qualquer movimento "irracional" torna-se interessante, principalmente quando envolve um sentimento que vai além de um amor, de uma amizade. Um sentimento unico, que mal pode ser descrito por aqueles que não o sentem (no caso, você o descreveu muito bem!). Não há o porque de se envergonhar de ter vivido a vida ao máximo. Melhor do que ter vivido ao extremo, é olhar para trás e saber que aquilo não era apenas um jogo de adolescentes, mas sim uma realidade de MUITAS pessoas!
Outro excelente texto :)

Bjos!

Simone Caminada disse...

Não final infeliz.
Isso não existe... Se não deu certo não era pra ser. É pra você ser mais feliz amanhã.


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Oi, não me olhe !
Por Si Caminada

http://oinaomeolhe.blogspot.com/

Kássia Rayane disse...

Legal seu blog , belos textos!
sucesso :*

Marina T. disse...

Eu concordo, Paulinho, tudo parece tão mais interessante quando é livre, "irracional" (como você disse), principalmente quando é proibido! Obrigada por sempre ler o que eu escrevo e obrigada mais ainda por gostar! Beijo ;*
Pois é, Si, tudo acontece como deve acontecer e se a gente erra, isto serve de aprendizado! =D
Muito Obrigada, Kássia! (:
Beejo. ;*

Caio Gomes disse...

realmente é um texto que não dá pra limitar a você pq em muitas partes lembrou minha história... lindo texto

Beê disse...

Teus textos flueem e eu adoro sua franqueza! :D

Marina T. disse...

Pois é, vai ver que acontece com todo mundo, mas é que às vezes a gente pensa que só acontece conosco (estou falando de vários tipos de situações, não só deste texto! rsrsrs!
Obrigada, Carol! ;*

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