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quinta-feira, 22 de março de 2012

Soneto do quebrar da garrafa


Silêncio, depois um ou dois sons
Apenas mero vidro jogado ao chão
Cores que não se assemelham aos verdadeiros tons
O espelho reflete a não emoção

Uma outra garrafa quebrada
O andar cuidadoso da ponta de seus pés
A imagem tão acabada
Reprodução de dias infiéis

E o mais tardar fez saber
Garrafas quebradas formam estrelas
Fios de plasma tecidos em macramé

Ouviu, então, o som do universo
É o ver além do vidro
É o tentar inventar um novo verso ao inverso.

2 comentários:

Causticidade Cotidiana disse...

Marina nos mostrando seu lado poetisa agora! rs
Sou fã de sonetos, já devo ter escrito alguns no Eternos Rascunhos. Acho interessante a fórmula para a escrita deles. Eu não sigo minunciosamente todas as regras, principalmente no que diz respeito ao número de sílabas e tudo mais, mas quem precisa de regras quando temos uma escritora com tanta habilidade com as palavras igual a você?
Um soneto incrível, Marina!

Moça, te enviei pelo Facebook a resposta sobre a ligação do título "Omerta" com o texto. Espero que tenha esclarecido sua dúvida, mas caso não, terei o maior prazer em continuar explicando! Mas não repare se você achar que é meio loucura a ligação que fiz, porque esse texto não teve pé nem cabeça mesmo rs

Beijos!

nâna. disse...

Olá queridíssima Marina...
Minha vida rodou tanto, rs.
Tudo por aqui, continua lindo e com aquela singularidade impar que só voce consegue ter!
Um grande abraço!

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