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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sobre temperos


               Encontrava-se trêmula, então firmou-se. Lembrou da perda de habilidades simples ao apenas trocar olhares. Sentiu falta do estranho frio na barriga. Percebeu que o amor, por si só, não basta. O amor é a comida inteira, porém a paixão é o tempero. Qual prazer de engolir algo sem gosto? Tem-se apenas as necessidades do seu corpo saciadas, sem nenhum prazer nisso.
                O prazer é importante, fazemos tudo com a finalidade de obter prazer. Assumir é o primeiro passo. É necessário sentir prazer para se estar satisfeito. Há quem troque um delicioso e divinamente doce chocolate quente (combinação dos deuses, o doce e o quente) por uma bolacha água e sal? É cômoda uma relação calma e confortável, embora há quem precise bambear na tênue linha do desejo e da raiva. Há quem necessite da intensidade da pimenta em seu alimento.
                Era apenas mais uma que não apreciava o equilíbrio...

2 comentários:

Causticidade Cotidiana disse...

Vivemos em busca, em prol do prazer, independente de qual seja esse prazer. Pode ser prazer no trabalho, na área que desejou seguir, como pode ser o prazer do amor, da paixão. Independente de serem prazeres distintos, buscados e conquistados de maneiras e caminhos diferentes, sua essência é a mesma: o ápice, o estágio máximo da recompensa por aquele esforço, por aquela vontade ou desejo.
Ao meu ver, o amor não é amor se não causar prazer. E talvez essa seja uma frase que possa causar interpretações adversas a interpretação que quis passar, mas aí as pessoas tiram suas próprias conclusões sobre isso rs
Por fim, é bom manter o equilíbrio em tudo, mas quando se diz respeito ao amor, talvez seja melhor deixar isso um pouco de lado, talvez seja melhor buscar a intensidade que ele pode nos trazer...

Anônimo disse...

A natureza tende buscar o equilíbrio sempre. A natureza sempre busca o estado ideal, em consequência, nós que fazemos parte dela, buscamos insaciavelmente tal estado perfeito. Mas no amor, o equilíbrio da natureza é o próprio desequilíbrio.

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